sábado, dezembro 31, 2005


Morre lentamente...
…quem não lê
…quem não viaja,
…quem não ouve música,
…quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente...
…quem destrói seu amor próprio,
…quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente...
…quem se transforma em escravo do hábito repetindo todos os dias os mesmos trajectos,
…quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente...
…quem evita uma paixão , quem prefere o negro ao branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos

Morre lentamente...

…quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, ou amor, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos...

Morre lentamente…
…Quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente…
…Quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar.
Somente a preserverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade


Pablo Neruda



O meu desejo para 2006 .... para mim... e para (embora poucos) os que por aqui passam é... VIVER INTENSAMENTE, em vez de morrer lentamente...
FELIZ ANO NOVO

quarta-feira, dezembro 14, 2005


Tenho pena que...
Após tanto tempo...
Tantas lutas...
Nunca tenhas conseguido entender:
... Quem Sou...
... O que Sou...
... O que quero...
... Como Sou...
Talvez até eu não o saiba!

Tenho muita pena que...
A tua perspectiva seja sempre a mesma...
Que não me olhes por dentro...
Que não sintas o meu sofrimento...

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Trovoada


Cada gota de chuva
É uma lagrima
Que choro por ti!

Hoje chove
Ontem choveu.
Penso que esta trovoada
Não vai mais partir
Ainda que consiga
Esquecer-te por instantes...

Cada vez chove mais
E chove...
E chove...